Cartum - O exército leal ao Conselho Soberano de Transição do Sudão (CST) reivindicou na terça-feira a morte de 200 milicianos das Forças de Apoio Rápido (RSF) durante combates no estado de Darfur Norte (oeste),
Segundo a Prensa Latina, ao mesmo tempo, refugiados em cinco áreas do mesmo estado estão a sofrer com a fome, de acordo com um estudo da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IFSCa), um grupo especializado da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.
Os combates ocorreram na cidade de kutum, perto da capital do estado de Al Fasher, que também foi palco de confrontos entre as forças do CST lideradas pelo general Abdel Fattah al Burhan e os paramilitares da RSF liderados pelo general Mohamed Hamdan Dagalo.
Fontes informais no teatro de operações afirmaram que uma dúzia de civis também foram mortos no fogo cruzado, o que o comunicado militar se abstém de mencionar.
O estudo da Cifsa inclui 3,2 milhões de pessoas que cruzaram as fronteiras para o Tchad, o Egipto e o Sudão do Sul para escapar dos combates.
O que foi chamado de guerra esquecida do Sudão resultou na morte de cerca de 15 mil pessoas, um número muito maior de feridos e mais de 12 milhões de refugiados, o maior êxodo dos tempos modernos registado nas estatísticas dessa tragédia.
Em Abril do ano passado, o general al-Burhan e o general Hamdan Dagalo, até então aliados, entraram em conflito sobre o destino da RSF, que o primeiro queria integrar ao Exército Nacional e o segundo viu na proposta a intenção de eliminá-la como um factor de poder nesse país do nordeste da África de maioria islâmica. JM