Ouagadougou - Cerca de uma centena de presumíveis terroristas foram mortos recentemente pelas forças de segurança do Burkina Faso numa operação em Bittou, no sul do país, no âmbito do aumento da actividade contra os grupos fundamentalistas que operam nesse território.
De acordo com a agência de notícias do Burkina Faso, que cita fontes de segurança, a operação foi levada a cabo na floresta de Sawenga e contou com o apoio de aviões da Força Aérea, dois dias depois de um polícia e dez terroristas terem morrido na segunda-feira num ataque contra um posto de controlo nos arredores da cidade de Dori, no norte do país.
Segundo a agência Europa Press, o exército e vários "voluntários" recrutados pelas autoridades para reforçar as operações anti-terroristas levaram a cabo um outro ataque na floresta de Guibga, na mesma região, não havendo ainda informação sobre as vítimas.
O Burkina Faso tem assistido a um aumento acentuado dos ataques fundamentalistas nos últimos anos, tanto por parte da Al-Qaida como dos afiliados do grupo Estado Islâmico na região, o que levou a junta militar, liderada por Ibrahim Traoré, a decretar uma mobilização geral da população, em Abril.
O Burkina Faso, palco de dois golpes militares em 2022, está mergulhado, desde 2015, numa espiral de violência terrorista, que começou no Mali e no Níger alguns anos antes e se estendeu para além das suas fronteiras.
A violência já causou a morte de mais de 10.000 civis e militares nos últimos sete anos, segundo as organizações não-governamentais (ONG), e mais de dois milhões de pessoas estão deslocadas internamente.DSC