Abuja - O exército nigeriano matou 70 extremistas durante uma operação militar contra um enclave terrorista no estado de Borno, no nordeste do país, na qual também morreram 22 soldados nigerianos, anunciaram hoje as Forças Armadas.
"As tropas da Operação Hadin Kai, no nordeste do país, levaram a cabo uma operação de limpeza no famoso reduto e enclave terrorista conhecido como Triângulo de Timbuktu", disse o porta-voz do Exército nigeriano, tenente-general Edward Buba, num comunicado divulgado no domingo, e citado hoje pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
Buba afirmou que a operação militar, destinada a desmantelar os enclaves terroristas na região, teve início a 16 de Janeiro e, desde então, deu origem a vários confrontos com os extremistas.
"A operação em três vertentes, destinada a desmantelar a presença terrorista no Triângulo de Timbuktu, teve início a 16 de Janeiro; as tropas tiveram vários encontros com os terroristas durante a operação de limpeza, que resultou na neutralização de 70 combatentes terroristas, incluindo três altos comandantes", acrescentou o porta-voz das forças armadas da Nigéria, lamentando a morte de 22 militares e vários feridos.
O nordeste da Nigéria tem sofrido ataques do Boko Haram desde 2009, violência que se intensificou a partir de 2016 com o surgimento da sua dissidência, o Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês).
Ambos os grupos procuram impor um Estado islâmico na Nigéria, um país com uma maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.
O Boko Haram e o ISWAP já mataram mais de 35 mil pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, segundo dados do Governo e das Nações Unidas.CS