Pretória (da correspondente ) - O ex-Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, entregou-se à polícia, minutos antes de expirar o prazo dado para o efeito, à meia-noite desta quarta-feira.
O porta-voz da Polícia Nacional, Brigadeiro Vish Naidoo, confirmou ao canal news-24, que "Jacob Zuma tinha sido levado para custódia policial, minutos antes do limite estabelecido".
No entanto, 40 minutos antes de expirar o período, uma comitiva transportando Jacob Zuma, composta por vários veículos, foi vista a sair de Nkandla, a sua vila residencial nas montanhas da província do Kwazulu-Natal, em direção a cidade de Durban.
A Fundação Zuma, na sua página do Tweeter confirmou o facto, sublinhando que "Jacob Zuma decidiu cumprir a ordem de encarceramento".
Segundo fontes oficiais, o ex-Chefe de Estado devera' cumprir a sua sentença de 15 meses na cadeia de Westwille, na cidade de Durban.
Ao longo do dia de quarta-feira, noticia o News24, a polícia reforçou o cordão de segurança nas redondezas da vila de Nkandla, temendo um confronto sangrento com os apoiantes do ex- Presidente, à medida que o tempo se aproximava do final.
Na semana passada, o Tribunal Constitucional considerou Zuma culpado de desrespeito ao tribunal relativamente à uma ordem para comparecer perante a Comissão de Inquérito sobre a Captura do Estado, do qual resultou a presente condenação.
Desde que deixou a presidência do país em 2017, Jacob Zuma passou a maior parte do seu tempo nos tribunais, respondendo por várias acusações de corrupção e fraude que sobre si pesam e que levaram à Captura do Estado.
A propriedade de Jacob Zuma em Nkandla foi palco de vários ajuntamentos por parte dos seus apoiantes, ao longo da semana, que juraram bloquear todos os esforços das autoridades judiciais e evitar a prisão do Msholozi, como é carinhosamente conhecido.
Várias foram as reacções apresentadas ao longo da madrugada por familiares, bem como membros do Congresso Nacional Africano, da denominada ala Zuma, em especial o ex-secretário geral, Ace Magashule, suspenso do seu cargo por corrupção.