Mogadíscio - Os militares norte-americanos anunciaram hoje a morte de 27 membros suspeitos do grupo extremista islâmico Al-Shebab num bombardeamento em apoio ao exército somali, nos arredores de Bulobarde, uma cidade na região central de Hiran, na Somália.
"Apedido do Governo Federal da Somália, o Comando Africano dos Estados Unidos (AFRICOM) realizou um bombardeamento aéreo contra terroristas do Al-Shebab, que atacaram as forças do Exército somali perto de Bulobarde em 18 de Setembro", anunciou o comando norte-americano, num comunicado.
As "estimativas iniciais" dos militares norte-americanos apontam para a morte de 27 terroristas, e a nota acrescenta que "nenhum civil foi ferido".
"As forças dos Estados Unidos estão autorizadas a conduzir bombardeamentos em defesa das forças designadas como parceiras", afirmou o AFRICOM.
"O bombardeamento defensivo permitiu às forças do Exército somali e da Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS) recuperar a iniciativa e prosseguirem a operação contra a Al-Shebab na região de Hiran, no centro da Somália", ainda segundo a nota.
Estas operações representam "a maior ofensiva combinada" dos últimos cinco anos, sublinhou o AFRICOM, afirmando que "organizações extremistas violentas como o Al-Shebab representam uma ameaça a longo prazo para os interesses da Somália, regionais e dos Estados Unidos".
"Os Estados Unidos continuarão a apoiar os parceiros somalis e a ATMIS na derrota dos terroristas do Al-Shebab, que ameaçam a paz e a estabilidade na Somália", assume a AFRICOM na sua declaração.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin transmitiu na semana passada ao Presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud, o "compromisso" de Washington de "combater o extremismo violento" e saudou a "liderança" do chefe de Estado no "estímulo às forças de segurança somalis e na atuação proativa com os Estados Unidos e parceiros internacionais".
O Presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou em meados de Maio um pedido do Departamento de Defesa para autorizar o regresso das tropas dos Estados Unidos à Somália para combater grupos extremistas islâmicos, invertendo a ordem do seu antecessor, Donald Trump, que assinou a saída dos militares norte-americanos daquele país do Corno de África em 2020.
A Somália enfrenta um aumento do número de ataques das milícias islâmicas do Al-Shebab, associado à Al-Qaida, tanto na capital, Mogadíscio, como noutras zonas do sul do país.