Kinshasa - Os Estados Unidos da América (EUA) oferecem 4,7 milhões de euros por informações que possam levar ao líder de um grupo de milícias afiliado ao Estado Islâmico no leste da República Democrática do Congo (RDC), anunciou hoje a embaixada norte-americana.
"O programa Recompensas para a Justiça (RFJ) do Departamento de Estado dos EUA (...) está a oferecer uma recompensa de até 5 milhões de dólares por informações que possam levar à identificação ou localização do líder" das Forças Democráticas Aliadas (ADF), Seka Musa Baluku, disse a embaixada em Kinshasa num comunicado.
As ADF são originalmente um grupo de rebeldes ugandeses, na sua maioria muçulmanos, que têm estado activos desde meados da década de 1990 na RDC oriental, onde são acusados de terem massacrado milhares de civis.
Em 2021, foram-lhes igualmente atribuídos ataques em solo ugandês e foi lançada uma operação militar conjunta entre os exércitos congolês e ugandês para os caçar nas províncias congolesas do Kivu Norte e Ituri.
O seu líder, Musa Baluku, um cidadão ugandês nascido em 1975 ou 1976, segundo o Departamento de Estado, fez uma declaração de lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico em 2019, que apresenta agora a ADF como a sua filial na África Central.
"Sob o comando de Baluku, esta organização continua a matar, mutilar, violar (...) raptar civis, incluindo crianças", salientou a embaixada dos EUA.
E recordou que, em 2021, o Departamento de Estado designou Baluku como "terrorista global especificamente designado" e as ADF como uma "organização terrorista".
Desde a sua criação em 1984, o programa RFJ dos Estados Unidos "desembolsou mais de 236 milhões de euros para 125 indivíduos em todo o mundo", acrescentou.