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Estratégia de África sobre fertilizantes trará produtividade agrícola sustentável

     África              
  • Luanda • Quarta, 27 Novembro de 2024 | 19h51
Josefa Sacko  - Comissária da União Africana
Josefa Sacko - Comissária da União Africana
ANGOP

Dakar - A Comissária da União Africana, Josefa Correia Sacko, reafirmou em Dakar, Senegal, que a iniciativa para os Solos em África e o mecanismo para financiar o plano de acção coloca uma via clara para se alcançar a produtividade agrícola sustentável e a soberania alimentar em África.

A diplomata , que intervinha  na 11ª Conferência das partes interessadas sobre a domesticação e implementação do plano de acção para os fertilizantes e a saúde dos solos, considerou que a declaração de Nairobi e o plano de acção decenal (2024-2034) constituem a importância crítica de abordar a degradação do solo e as ineficiências na utilização de fertilizantes.

Sublinhou que a agricultura é a “espinha dorsal”  do  continente africano, sustentando os meios de subsistência de milhões de pessoas e contribuindo significativamente para o desenvolvimento económico. 

No entanto,  segundo a diplomata, os  solos estão sob pressão, a utilização de fertilizantes é inadequada e a sua eficácia continua a ser baixa, e os quadros políticos necessários para fazer face a estes desafios são mal aplicados.

“A Cimeira Africana sobre fertilizantes e saúde do solo (AFSH),  realizada em Maio deste ano, em Nairobi,  foi um momento marcante para o continente. Nela se  reafirmou a importância crítica de abordar o papel crucial que os fertilizantes e a saúde dos solos desempenham na transformação da agricultura africana”, frisou .

Salientou que  a  União Africana (UA) tem defendido consistentemente uma abordagem localizada e inclusiva do desenvolvimento para o  sucesso do plano de acção  para os fertilizantes e a saúde do Solo depende muito da capacidade dos governos, instituições de investigação, actores do sector privado e parceiros de desenvolvimento para colaborarem na tradução desta estratégia abrangente em acções concretas.

Josefa Sacko  disse que a domesticação não consiste apenas na adopção de um quadro, mas na sua adaptação às realidades locais.

“Isto requer uma forte vontade política, parcerias bem coordenadas e recursos adequados. Mais importante ainda requer a liderança das instituições de investigação e dos decisores políticos africanos para garantir que  as nossas intervenções sejam baseadas em provas e respondam às necessidades específicas dos nossos agricultores e comunidades”, reforçou a sua posição.

Informou que o pilar de política e advocacia do  AFSH-AP (sigla em inglês) reconhece que o estabelecimento de um ambiente político favorável é fundamental para aumentar as iniciativas de saúde do solo e garantir que a utilização sustentável de fertilizantes se torne a norma em todo o continente. 

De acordo com a Comissária da UA, para  se conseguir tal feito  é necessário promover uma colaboração profunda entre as partes interessadas, utilizar os recursos locais e reforçar a capacidade das instituições  para liderar o caminho. 

Na última cimeira africana sobre fertilizantes, que decorreu em Nairobi (Quénia), recomendou-se  aos Governos africanos a triplicação da produção e distribuição interna de fertilizantes, com vista a acelerar o crescimento agrícola em África.

O evento defendeu igualmente a implementação de acções concretas para inverter a degradação da terra e restaurar a saúde do solo em pelo menos 30 por cento, bem como garantir que 70%  de pequenos agricultores tenham acesso aos  serviços de extensão e assessoria de qualidade  sobre fertilizantes.CS





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