Bamako - O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje a autoria de um ataque contra o exército maliano na passada terça-feira, no centro do Mali, no qual, segundo os fundamentalistas, foram mortos 20 soldados.
Numa mensagem publicada nos seus canais da rede social Telegram, o EI refere-se à emboscada contra as forças armadas malianas que ocorreu na cidade de Tabango, situada 100 quilómetros a norte da fronteira com o Níger, na zona conhecida como "as três fronteiras", onde convergem as fronteiras do Mali, Níger e Burkina Faso e onde há uma elevada presença de extremistas islâmicos.
Fontes locais disseram à agência EFE que pelo menos uma dúzia de soldados malianos foi mortos na emboscada, um número que o EI estima em 20 mortos e vários feridos, acrescentando que foram atacados com metralhadoras e obuses.
O EI afirmou que dois veículos, armas e munições foram apreendidos após o ataque.
Este país da instável região do Sahel, governado por uma junta militar desde 2020, é palco de contínuos ataques perpetrados pelo EI e pela filial local da Al-Qaida.
Nos últimos meses, as reacções vagas e indiscriminadas do exército maliano, apoiado por mercenários do grupo russo Wagner, conduziram também a massacres de civis denunciados por instituições como a ONU.
Entre Maio de 2023 e o mesmo mês deste ano, 4.394 pessoas morreram no Mali em eventos violentos levados a cabo por grupos não estatais e outras 2.277 às mãos das forças do Estado, segundo o Armed Conflict Location And Event Data Project (ACLED), que monitoriza a violência no mundo. JM