Egipto concede a mais alta distinção ao primeiro-ministro indiano

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  • Luanda • Domingo, 25 Junho de 2023 | 19h05
Bandeira do Egipto
Bandeira do Egipto
Divulgação

Cairo - O Presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sissi, concedeu hoje a mais alta condecoração do Egipto ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, numa altura em que os dois países reforçaram a sua parceria.

Modi foi agraciado no palácio presidencial do Cairo com a Ordem do Nilo, segundo informação avançada pela presidência egípcia num comunicado citado pela agência de noticias Associated Press (AP).

Os dois líderes assinaram uma declaração que estreita os laços entre os dois países através de uma "parceria estratégica", em que ambos concordam em intensificar a sua cooperação e realizar conversações periódicas, segundo o comunicado.

O Egipto e a Índia partilham laços profundos desde a década de 1950, quando desempenharam papéis fundamentais na fundação do Movimento dos Não-Alinhados, que procurou um caminho alternativo aos blocos ocidental e de leste, no auge da Guerra Fria.

Modi, que chegou ao Cairo no sábado, é o primeiro primeiro-ministro indiano a efectuar uma visita de Estado ao Egipto em mais de duas décadas. A sua visita de dois dias ocorreu seis meses depois de el-Sissi ter estado em Nova Deli como convidado oficial do Dia da Independência da Índia.

Modi convidou também o líder egípcio a participar numa cimeira do G20, grupo de 20 países ricos e em desenvolvimento, que a Índia acolherá em Setembro.

No início do ano, os dois países concordaram em aumentar a cooperação comercial. A Índia, o país mais populoso do mundo, é um dos cinco principais importadores de produtos egípcios, incluindo petróleo bruto e gás natural liquefeito, sal, algodão, produtos químicos inorgânicos e sementes oleaginosas.

As principais exportações indianas para o Egito incluem fios de algodão, café, ervas aromáticas, tabaco, lentilhas, peças para veículos, navios, barcos e maquinaria eléctrica.

El-Sissi e Modi chegaram ambos ao poder em 2014 e têm cultivado uma relação estreita. Nos últimos 16 meses, resistiram à pressão do Ocidente para condenar a guerra russa na Ucrânia, até porque os dois países têm laços de décadas com o Kremlin. JM



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