Pretória (Da correspondente) – A África do Sul voltou ao Nível 3 do Confinamento Nacional, com efeito a partir da meia noite desta segunda-feira, numa medida de contenção da segunda vaga da pandemia do novo Coronavírus no país.
A medida foi anunciada pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, durante um discurso televisivo à Nação, a partir da sua residência oficial, na cidade do Cabo, a capital da província do Cabo Ocidental.
O Chefe de Estado, que centrou o seu discurso numa análise da situação da Covid-19 no país, bem como a resposta do governo na luta contra o novo Coronavírus, justificou a media com o facto de que “os cidadãos teimam em desrespeitar os protocolos de saúde, agindo como se a pandemia não existisse”.
“Determino que, a partir das zero horas de 29 de Dezembro, deixa de vigorar no país o Nível 1 do Confinamento, passando de imediato ao Nível 3 de Alerta do Confinamento Nacional, com a observância de todas as medidas próprias desta fase, que passam pelo cancelamento de todas as actividades recreativas e encerramento das praias", disse o Presidente.
Estão igualmente interditas as visitas aos lagos, barragens, rios, piscinas públicas, bem como "é expressamente proibida a venda de bebidas alcoólicas até ao dia 15 de Janeiro de 2021, medida que pode ser prorrogada ou levantada, dependendo do evoluir da situação epidemiológica no país", anunciou Ramaphosa.
O Presidente decretou também o reforço do recolher obrigatório no país (anteriormente observado das 23:00 às 04:00), para um novo e mais prolongado horário (das 21:00 às 06:00 da manhã).
A este respeito, realçou que todos os restaurantes devem encerrar obrigatoriamente às 20:00 horas.
“O consumo de álcool nos restaurantes é igualmente proibido, uma vez que os hospitais, tanto públicos como privados, estão a chegar ao limite das suas capacidades, devido à Covid-19, no que toca a camas e oxigénio. As áreas de trauma das diversas unidades de saúde estão lotadas de pacientes, vítimas de acidentes de viação devido à ingestão abusiva de bebidas alcoólicas, ferimentos por armas de fogo e branca, intoxicação por álcool, violência doméstica tendo como base o álcool”, recordou preocupado o Presidente Ramaphosa.
O Chefe de Estado sublinhou que “somos humanos e como tal sentimos necessidade de conviver com as famílias e amigos, mas não nos podemos esquecer das regras preventivas, como tem acontecido nestes dias em toda a extensão do território sul-africano, elevando os contágios em todas as províncias e pondo em risco a vida individual e dos que nos rodeiam”.
Assinalou que muitos cidadãos circulam sem máscara, enquanto outros usam-na debaixo do queixo, e voltou a apelar as instituições públicas e privadas, lojas e demais estabelecimentos de venda, para não permitirem a entrada de cidadãos nestas condições.
O Presidente advertiu que as pessoas prevaricadoras serão detidas e sujeitas ao pagamento de elevadas multas.