Joanesburgo - O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que encurtou uma deslocação ao estrangeiro devido ao agravamento da crise de falta de electricidade, advertiu hoje segunda-feira, os sul-africanos que não devem contar com melhorias "a curto prazo", noticiou a Lusa.
"Em face ao desempenho incerto do parque de centrais eléctricas a carvão (pertencentes à empresa pública sul-africana Eskom), não seremos capazes de parar a curto prazo os cortes de potência. Esta é a triste realidade de uma situação que se arrasta há muito tempo", escreveu o chefe de Estado, na carta semanal à nação.
Depois de várias semanas de quebras intensas de potência entre Junho e Julho, em pleno inverno austral, a maior companhia eléctrica de África volta aos cortes drásticos de energia, porque a rede nacional não consegue produzir energia suficiente, em resultado de anos de má gestão e de corrupção.
Consumidores domésticos, assim como empresas, têm sido afectados por vários cortes que se prolongam por várias horas nas últimas duas semanas. Este sistema de cortes de potência está a ser aplicado há 15 anos.
Ramaphosa, que se encontrava em viagem pelos Estados Unidos e Londres, anunciou um regresso antecipado ao país na semana passada para dar uma resposta à crise.