Brazzaville - O Partido Trabalhista Congolês (PCT) conquistou a maioria dos 151 assentos do parlamento, após as eleições legislativas de 10 de Julho na República do Congo, segundo os resultados oficiais provisórios consultados hoje, sábado, pela agência de notícias AFP.
OPCT - partido do Presidente congolês, Denis Sassou Nguesso, que tinha 101 assentos no parlamento cessante - elegeu agora 103 representantes, disse o ministro da Administração Territorial congolês, Guy-Georges Mbaka, na televisão pública na sexta-feira.
Mbaka não especificou qual a percentagem de participação no sufrágio, que foi muito baixa segundo observadores eleitorais e jornalistas, principalmente em Brazzaville e Pointe-Noire, as duas principais cidades do país.
O partido no poder ainda tem alguns candidatos na segunda volta das eleições, marcadas para 24 de Julho. Ainda restam 27 vagas a serem preenchidas.
Os seus aliados maioritários, incluindo o Reunião pela Democracia e Progresso Social (RDPS), o Movimento para Acção e Renovação (MAR) e o Clube 2002-PUR (Partido da Unidade e da República) conquistaram 13 cadeiras no parlamento.
"O PCT voltou a vencer porque é um partido unificador que não tem problemas étnicos", declarou Serge Ikiemi, um de seus eleitos.
A União Pan-Africana para a Social Democracia (UPADS, o primeiro partido da oposição) conseguiu eleger quatro deputados, incluindo o seu principal líder Pascal Tsaty Mabiala.
A União dos Democratas Humanistas (UDH-Yuki), do falecido opositor Guy-Brice Parfait Kolélas, obteve apenas dois membros eleitos, enquanto o partido "La Chaîne", de Joseph Kignoumbi Kia Mboungou, ganhou apenas um assento no parlamento.
A coligação da sociedade civil "Vire a página" afirmou ter observado "fraudes e cenas de corrupção" durante o sufrágio.