Luanda - A Comissária da União Africana (UA), Josefa Correia Sacko, foi distinguida, segunda-feira, com o “Prémio de Saneamento de África”, pela condução da estratégia contintental, durante a reunião do Conselho Ministerial Africano sobre a Água, que decorreu em Nairobi, capital do Quénia.
De acordo com a diplomata, este prémio tem um significado particular por representar e demonstrar que o trabalho em conjunto é um factor importante para o sucesso.
“Devo este prémio também aos Chefes de Estado e de Governo africanos que me concederam a oportunidade de servir o nosso continente como Comissária responsável pelo Departamento de Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, que também ocupa-se pela Água e Saneamento”, disse .
Fez saber que a situação da água e o saneamento em África estão a receber a máxima prioridade ao mais alto nível na Comissão da UA.
“A agenda da água e do saneamento é uma prioridade para os Chefes de Estado e de Governo da UA. Por exemplo, o Programa de Investimento na Água em África Continental (AIP) foi lançado pelos Chefes de Estado e de Governo da UA para colmatar o défice de investimento no sector da água através da mobilização de 30 mil milhões de dólares por ano para África”, referiu a diplomata .
Acrescentou que um outro desafio que África esta a enfrentar é o impacto das alterações climáticas na segurança da água e nos serviços de saneamento.
“ Tenho o prazer de vos dizer que, em 2022, nós desenvolvemos a Estratégia e Plano de Ação da União Africana para as Alterações Climáticas e o Desenvolvimento Resiliente (2022-2032). Isto está a fornecer subsídios para a construção da resiliência climática dos nossos sistemas de água e serviços de saneamento no continente, entre outros”, garantiu .
A Comissária aproveitou a oportunidade para lançar apelo para o desenvolvimento de uma política africana de Água e saneamento ou quadro estratégico continental pós 2025.
“Gostaria de lembrar que, se nos unirmos e trabalharmos em conjunto, podemos ajudar o nosso povo e o nosso continente a concretizar a "África que todos queremos, Agenda 2063”, assegurou.CS