Kinshasa – Pelo menos 50 mil famílias deslocadas devido aos intensos combates no leste da República Democrática do Congo (RDC) carecem hoje de ajuda humanitária, informou a Rádio Okapi, citada pela Prensa Latina.
A Rádio avançou que durante as últimas duas semanas, as pessoas que fugiram dos confrontos entre o Exército e os rebeldes do Movimento 23 de Março (M23) na comuna rural de Kanyabayonga, no território de Lubero, na província de Kivu do Norte, não puderam receber qualquer tipo de “backup”.
Segundo o presidente dos deslocados no local de Kanyabayonga, Richard Kalume, os refugiados estão espalhados por várias aldeias, incluindo Kaina, Kirumba e Bulotwa, alguns ficando com famílias de acolhimento, mas a maioria a viver em igrejas e escolas, e mesmo em frente de estabelecimentos comerciais.
No dia 10 de Junho, o coordenador das operações humanitárias na RDC, Bruno Lemarquis, reportou o registo de mais de 900 mil deslocados entre Janeiro e Abril nas províncias de Ituri, Kivu do Norte e Kivu do Sul.
Através de um comunicado, o representante especial adjunto da Missão das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (Monusco) manifestou preocupação com a persistência da violência e a alarmante deterioração da situação humanitária no leste do país.
A este respeito, destacou que existe o risco de agravar ainda mais a precariedade que existe nesses territórios, onde o número de refugiados internos aumentou para mais de 5,6 milhões, de um total de 7,3 milhões no país. JM