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Ciclone Dikeledi afasta-se de Moçambique e deixa de ser perigo

     África              
  • Luanda • Quinta, 16 Janeiro de 2025 | 18h18
Bandeira de Mocambique
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Maputo - O ciclone tropical intenso Dikeledi afastou-se do canal de Moçambique e já não constitui perigo para o país africano, anunciou hoje o Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) moçambicano, avança o Notícias ao Minuto.

"O ciclone tropical continua a enfraquecer e afastando-se do canal de Moçambique em direcção ao interior do Oceano Índico. Consequentemente, o sistema meteorológico já não constitui perigo para Moçambique", refere o Inam num comunicado divulgado hoje.

Segundo o Inam, o ciclone Dikeledi, que já tinha passado para tempestade tropical severa na terça-feira, está fora do canal de Moçambique desde as 10:00 de hoje, esperando-se que se dissipe nas próximas 12 horas.

O instituto moçambicano de meteorologia avançou que continua a monitorizar os fenómenos meteorológicos no país, em particular a actividade ciclónica, pedindo que a população acompanhe as informações e avisos emitidos pelas autoridades competentes.

O ciclone Dikeledi atingiu Moçambique na segunda-feira, a partir do distrito de Mossuril, em Nampula, causando a morte de pelo menos cinco pessoas e destruído mais de cinco mil casas.

"Até ao momento, há confirmação de que contamos com 35.174 pessoas que foram afectadas, o que corresponde a 8.225 famílias (...), temos um óbito em Mossuril, três em Angoche e um em Nampula", disse à comunicação social, na quarta-feira, a presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque.

O mau tempo afectou também a província da Zambézia, no centro de Moçambique, segundo as autoridades.

Trata-se do segundo ciclone a afectar o país, e novamente o norte, no espaço de um mês.

O anterior, o ciclone tropical intenso Chido, de nível 3 (numa escala de 1 a 5), atingiu a zona costeira do norte de Moçambique na madrugada de 14 de Dezembro, enfraquecendo depois para tempestade tropical severa, continuando, nos dias seguintes, a fustigar as províncias no norte de Moçambique com "chuvas muito fortes acima de 250 mm (milímetros) /24 horas, acompanhadas de trovoadas e ventos com rajadas muito fortes", segundo informação anterior do Centro Nacional Operativo de Emergência.

Dados actualizados recentemente pelas autoridades moçambicanas adiantam que pelo menos 120 pessoas morreram e outras 868 ficaram feridas durante a passagem do ciclone Chido no norte e centro de Moçambique.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril MOY/AM.

 





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