Maputo - A passagem do ciclone Chido por Moçambique e Malawi deixou um rastro de 60 mortos e 230 mil feridos no total, segundo dados do Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, divulgados hoje em Maputo, reportados pela Prensa Latina.
Depois de atingir Mayotte, território ultramarino francês, causando dezenas de mortes e a devastação de casas, colheitas, escolas e centros de saúde, além da morte de gado, o fenómeno climático esbarrou em Madagáscar e rumou para atingir Moçambique e Malawi.
A maior parte das vítimas mortais, 45, eram moçambicanos residentes nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, norte do país, assim como os feridos, mais de 184 mil.
Embora menores, no Malawi os danos também foram substanciais: 13 mortos, 29 feridos e mais de 45 mil vítimas, sempre segundo dados da agência mundial.
A força do ciclone tropical, 4, e os ventos que o acompanham, de 220 quilómetros por hora, confirmam as previsões de entidades especializadas segundo as quais estes fenómenos, bem como secas prolongadas, chuvas diluviais e incêndios descontrolados, tendem a aumentar devido às alterações climáticas causadas por a acção predadora dos seres humanos.
As mesmas fontes confirmaram que as temperaturas aumentaram 1,62 graus acima das registadas na era pré-industrial. ADR