Accra – O Comité dos chefes de Estado-maior da Comunidade Económica dos Estados Membros da África Ocidental (CEDEAO) reúnem-se extraordinariamente de 05 a 06 de Maio, em Acra (Ghana), a fim de analisar a situação securitária da região, anunciou esta quarta-feira, 04, em comunicado, aquela instituição sub-regional africano.
O comunicado chegado a AA indica que os responsáveis militares vão analisar a aplicação das recomendações saídas da sua quadragésima primeira sessão de Abidjan ( Côte d’Ivoire) de 17 a 19 Novembro de 2021 que abordou a situação de segurança regional, tendo em conta os ataques terroristas e a multiplicação dos actos de pirataria marítima.
Recorde-se que o encontro de Abidjan recomendou o reforço operacional das forças dos países da linha da frente contra o terrorismo através da formação e aquisição de equipamento específico, o reforço das capacidades logística das forças dos países da linha da frente e o apoio financeiro da planificação e da condução das operações conjuntas ao longo das fronteiras dos países da linha da frente.
Em relação a esta última acção, trata-se de um apoio financeiro da Comissão da CEDEAO na organização da operação conjunta entre o Benin, o Burkina Faso, a Côte d’Ivoire, o Ghana, o Mali, o Níger e Togo, precisa o comunicado.
Durante os trabalhos, os membros do Comité dos chefes de Estado-maior dos Exércitos da CEDEAO, debaterão ainda das prioridades de apoio operacional e logística, e das modalidades de alocação de tais capacidades aos Estados abrangidos.
O Comité dos chefes do Estado-maior é um órgão institucional da CEDEAO encarregue da prevenção e gestão dos conflitos na região e agrupa todos os chefes dos Exércitos dos 15 Estados membros da organização oeste - africana.
Há vários anos, países membros da CDEAO, nomeadamente os do Sahel (Burkina Faso, Mali e Níger) vivem em insegurança por causa dos ataques terroristas que já causaram milhares de vítimas mortais e de deslocados internos.
Progressivamente, tais ataques terroristas vão se aproximando das costas africanas como a Côte d'Ivoire, o Benin e o Togo.
Por outro lado, vários países da sub-região oeste africana registam uma ingerência de militares na gestão do poder através de golpes de Estado como são os casos do Burkina Faso, do Mali e da Guiné Conakry.