Cartum - O chefe do Exército sudanês, general Abdelfatá al Burhan, congelou as contas dos paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF, inglês) nos bancos do país e suas filiais no exterior, anunciaram hoje, em Cartum, os órgãos de comunicação locais, citados pela Prensa Latina.
Ainda hoje, al Burhan exonerou o director do Banco Central, Hussein Yahnya Janqul, e nomeou Burai al Siddiq Ahmed como o novo chefe da instituição financeira.
Enquanto isso, um mês após o início das hostilidades, as partes em conflito se acusam mutuamente de bombardear uma igreja na cidade de Omdurman na véspera.
O exército sudanês e o RSF assinaram um acordo mediado internacionalmente na última sexta-feira na cidade saudita de Jeddah, no qual ambas as partes se comprometeram a permitir a passagem de ajuda humanitária e facilitar o deslocamento de civis em fuga para locais mais seguros.
Conforme acordado, as partes comprometem-se a impedir qualquer ataque que possa causar danos à população, permitindo a evacuação de civis das zonas de combate, bem proteger o pessoal médico e as instituições públicas.
Dados actualizados da Organização Mundial da Saúde indicam que os confrontos já deixaram mais de 600 mortos e mais de mil feridos.
Os confrontos no Sudão eclodiram em 15 de Abril devido a contradições em meio a um processo de integração das RSF liderado por Mohamed Hamdan Dagalo, vice-presidente do Conselho Soberano de Transição (CST) nas Forças Armadas e chefe do Exército e o presidente do CST, Abdelfatá al Burhan.
Ambos, com patente de general, lutam pelo controlo do país após a queda do presidente Omar al Bashir em 2019. JM