São Tomé - O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe, o general Olinto Paquete, demitiu-se das funções, soube sábado a PANA de fonte oficial.
Justificando a sua demissão, o brigadeiro disse ter sido traído por falsas informações sobre as circunstâncias da morte dos quatro golpistas no quartel.
“A minha formação não me permitem aceitar tal atrocidade e actos de traição que lesam a pátria”, afirmou o demissionário na sua comunicação após ter entregue a sua demissão ao Presidente da República, Carlos Vila Nova.
Paquete assegurou que as imagens divulgadas nas redes sociais pelos militares, demonstrando a tortura e maus tratos de que foram alvos os golpistas até à morte, levaram-no a demitir.
A seu ver, os episódios registados no quartel “parece-me que foi uma encomenda pois obedeceu a um plano criteriosamente estabelecido, culminando com a publicação destas imagens.
Uma investigação independente a pedido do Governo, patrocinada pela organização das Nações Unidas e pela Comunidade dos Estados Económicos da África Central (CEEAC).
Para além das quatro mortes, um oficial encontra-se hospitalizado na sequência dos ferimentos resultantes dos confrontos com os golpistas.
O ex-presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, que era tido como um dos mandantes deste golpe de Estado, esteve sob a custodia dos militares e mais tarde pela justiça, foi posto em liberdade sob termo de identidade de residência por falta de provas do seu envolvimento no referido acto.
