Cabo Verde retira obrigatoriedade de máscara

     África              
  • Luanda • Quarta, 27 Abril de 2022 | 19h11

Praia - O Governo cabo-verdiano decidiu retirar a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços interiores fechados, mais de dois anos depois do registo do primeiro caso da pandemia da covid-19, no arquipélago, apurou a PANA de fonte oficial.

A utilização de máscara na via pública já não era obrigatória no país, mas mantinha-se a sua obrigatoriedade nos espaços fechados de atendimento público, excepto em discotecas.

Em conferência de imprensa realizada no Palácio do Governo, o primeiro-ministro da Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, revelou que também deixou de ser exigida a apresentação de certificado de vacinação ou de teste negativo no acesso a restaurantes e bares.

O governante disse contudo que continua a ser necessária essa apresentação para aceder a discotecas e locais de diversão nocturna, bem como nas viagens interilhas e internacionais.

O chefe do Governo cabo-verdiano acrescentou que também continua obrigatória a utilização da máscara em situações específicas como nos estabelecimentos e infraestruturas de saúde, públicas e privadas, hospitais, centros de saúde, farmácias, clínicas e laboratórios, centros de dia e lares de idosos, estabelecimentos prisionais e  transportes colectivos de passageiros, terrestres, aéreos e marítimos

Ulissses Correia e Silva justificou o levantamento das restrições agora anunciadas com o sucesso que Cabo Verde teve na gestão da pandemia.

Há mais de dois meses que Cabo Verde tem registado uma média de menos de 10 casos positivos por dia e o último óbito provocado pela doença, num total de 401 ocorreu em 22 de Fevereiro passado.

O país contabiliza um total de 56.008 casos positivos acumulados desde o início da pandemia, dos quais 55.541 casos recuperados, e tem apenas 14 casos activos.

Cabo Verde já utilizou 67,8 por cento de doses de vacinas contra a covid-19, o equivalente a 709.321 no universo de 1.045.840 unidades recebidas, dos quais 44 por cento através da Covax, anunciou segunda-feira o director nacional da Saúde.

De acordo com os resultados apresentados esta quarta-feira, no Palácio do Governo, por Jorge Noel Barreto, 318.863 adultos, equivalente a 97.7 por cento, já foram vacinados com a primeira dose, dos quais 274.921 (84,3%) completamente e 64.656 (19.8%) adultos injetados com a dose de reforço.

A nível de adolescentes, as autoridades sanitárias anunciaram que 37.712 pessoas, equivalentes a 70 por cento dos adolescentes, estão completamente vacinados.

Baseado neste quadro, Jorge Barreto classificou de “bastante confortável” a situação epidemiológica da covid-19, em Cabo Verde, salientando que o país se encontra nesta situação, há 11 semanas, com a identificação de menos de 70 casos novos semanais, quando se mantém inalterável a capacidade de análise de testes, reforçada com melhoria das condições laboratoriais.

A média da taxa de positividade, realçou Jorge Barreto, tem sido de 0,9 por cento nos últimos 14 dias, isto é, abaixo de 04 por cento, considerado o desejável, sendo certo que neste período a taxa de incidência acumulada está em sete por 100 mil habitantes e a taxa de letalidade em 0,6 por cento e a de transmissibilidade (RT) em 0,89.

Neste momento, todos os 22 concelhos do país têm uma taxa de incidência acumulada inferior a 25 por 100 mil habitantes, com a particularidade de Cabo Verde deixar de ter doentes internados nos hospitais por covid-19 há já algum tempo.

Há mais de dois meses, o país deixou de ter óbitos relacionados com a covid-19.

Ainda assim, o chefe do Governo cabo-verdiano alertou que a pandemia persiste com riscos advenientes, razão pela qual considerou ser necessário que todos tomem a terceira dose da vacina contra a covid-19, para uma maior protecção, sublinhando que “não custa nada” e que “só tem ganhos para a comunidade, já que as vacinas estão disponíveis”.

Apesar de Cabo Verde estar entre os cinco países africanos com maior taxa de vacinação, Ulisses Correia e Silva assinalou que o país se encontra entre os 15 mais afectados no mundo pela crise económica e social provocada pela pandemia, mas que agora está a iniciar a recuperação económica, ainda que num contexto “extremamente difícil”.

“Estamos novamente a focar prioridades e a afectar recursos para mitigar e aliviar os impactos sobre as famílias e as empresas”, assegurou Correia e Silva, para quem as medidas de restrições impostas nos últimos dois anos evitaram o colapso sanitário, económico e social do país.



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