Praia - Cabo Verde caiu da 30.ª para a 32.ª posição, com uma pontuação global de 7.65 (7.78 em 2019) no Índice da Democracia 2020, divulgado terça-feira, pela Unidade de Inteligência Económica, noticiou a agência PANA.
Porém, o país continua a ser o segundo mais bem classificado na África Subsariana, região onde as ilhas Maurícias são a única “democracia plena”, de acordo com a mesma fonte.
Elaborado anualmente por esta instituição, ligada à publicação britânica The Economist, o índice traça o retrato do estado actual da democracia em 165 Estados independentes e dois territórios, classificando 60 indicadores numa escala de pontuação 0 a 10.
Com base na pontuação total, os países são classificados como um de quatro tipos de regime, designadamente a democracia plena (pontuações superiores a 8), a democracia imperfeita (pontuações superiores a 6), o regime híbrido (pontuações superiores a 4) e o regime autoritário (pontuações inferiores ou iguais a 4).
Globalmente, a pontuação média dos 167 países e territórios caiu, no ano 2020, de 5.44 para 5.37, ou seja, a pior pontuação desde a primeira edição do índice em 2006.
A grande maioria dos países, ou seja, 116 de um total de 167 (quase 70 por cento), registou um declínio na sua pontuação total em comparação com 2019.
Todas as regiões do mundo registaram em 2020 um retrocesso democrático, mas a remoção das liberdades individuais nas democracias desenvolvidas foi a característica mais notável, destaca a Unidade de Inteligência Económica (EIU, sigla em inglês) no seu relatório anual.
Segundo o documento, intitulado "Índice de Democracia, Na Doença e na Saúde?", a pandemia da covid-19 agravou as falhas democráticas existentes na Europa Oriental e na América Latina, com controlos e balanços fracos, corrupção persistente e pressões sobre a liberdade de imprensa.
Na 13.ª edição do documento, que começou a ser elaborado em 2006, a EIU referiu que, em 2020, a grande maioria dos países, 116 de um total de 167 (quase 70 por cento), registou uma queda na pontuação total em comparação com 2019.
Apenas 38 países (22,6 por cento) registaram uma melhoria e os restantes 13 estagnaram, com as pontuações inalteradas em comparação com 2019.
"Houve algumas melhorias impressionantes e algumas quedas dramáticas, com o Taiwan a registar a maior melhoria e o Mali a maior queda. Houve 11 mudanças de categoria de regime, sete negativas e quatro positivas", lê-se no documento.
