Ouagadougou - Os oito trabalhadores estão desaparecidos desde que fortes chuvas causaram inundações repentinas na mina Trevali Mining Corp, no dia 16 de Abril.
Equipas de salvamento que têm vindo a bombear água de uma mina de zinco no Burkina Faso (que, devido às chuvas fortes, ficaria totalmente inundada) estão a aproximar-se de um refúgio onde os oito trabalhadores que se encontram lá presos há quase um mês poderão ter procurado abrigo. A informação foi avançada pelo governo do país, citado pela Reuters
Os oito funcionários (seis naturais do Burkina Faso, um da Tanzânia e outro da Zâmbia) estão desaparecidos desde que fortes chuvas causaram inundações repentinas na mina Trevali Mining Corp (TV.TO), no dia 16 de Abril, forçando-a a suspender as operações.
De acordo com a empresa, se a maioria dos trabalhadores da mina conseguiu escapar em segurança, oito deles encontravam-se abaixo do nível 520 no momento da inundação, não tendo conseguido fugir. Ou seja, encontravam-se a 520 metros abaixo da superfície terrestre.
Porém, existem dois refúgios construídos, precisamente, com o intuito de garantir a segurança dos funcionários em caso de acidentes desta natureza - embora não se saiba se algum dos oito desaparecidos tenha conseguido chegar até um destes espaços.
Um deles fica no nível 570, estando abastecido com comida e água suficientes para três semanas. Um segundo abrigo, mais pequeno, fica bastante mais abaixo da superfície, informa a Reuters.
O porta-voz do governo do Burkina Faso, Lionel Bilgo, disse quarta-feira que mais de 38 milhões de litros de água tinham já sido removidos da mina inundada. Neste momento, apenas 10 metros de água separam as equipas de resgate do primeiro destes refúgios.
"É uma corrida contra o tempo", disse, no entanto, o mesmo porta-voz, acrescentando que os "factores-chave de sobrevivência são a disponibilidade de oxigénio e a forma como os trabalhadores estão a utilizar a água e qualquer reserva alimentar".
O governo do Burkina Faso lançou uma investigação judicial sobre o incidente e adiantou, na semana passada, que os gestores da mina estariam proibidos de abandonar o país no decurso das investigações.