Ouagadougou - O exército do Burkina Faso anunciou hoje, terça-feira, que matou pelo menos cinquenta "terroristas" na segunda-feira, em resposta a uma emboscada no nordeste e uma operação no sudoeste, informou a Lusa.
Segundo um comunicado de imprensa do Estado-Maior,"a unidade Garsi - Grupo de Vigilância e Intervenção de Acção Rápida - de Barani reagiu a uma emboscada armada de várias dezenas de indivíduos a poucos quilómetros da localidade de Barakuy", na região de Boucle du Mouhoun (noroeste).
"A unidade, que rapidamente assumiu o controlo, apanhou os atacantes, neutralizando pelo menos 40 terroristas, equipamentos de combate também foram recuperados, depois de buscas feitas após o ataque e apoiados por meios aéreos, continua o texto.
O Estado-Maior específica que do lado amigável, foram registados e socorridos alguns feridos ligeiros.
No mesmo dia de segunda-feira, "uma unidade do 22.º Regimento de Infantaria de Comando de Gaoua realizou uma acção ofensiva na saída de Djigoué (província de Poni, região Sudoeste)", segundo o corpo técnico.
"A acção, realizada em coordenação com os VDP (voluntários para a defesa da pátria, auxiliares do exército) na zona, permitiu neutralizar 10 terroristas e recuperar as suas armas", detalha o comunicado de imprensa.
Esta região do sudoeste faz fronteira com a Côte d´Ivoire e Ghana.
O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Coronel David Kabré, felicitou os elementos destas acções que desferiram um duro golpe nos grupos terroristas que actuam nestas zonas.
Enquanto isso, o norte e o leste de Burkina Faso concentram a maioria dos ataques terroristas, certas regiões do oeste também são afectadas pela violência.
O Burkina Faso é alvo de ataques terroristas desde 2015, perpetrados por movimentos armados, alguns dos quais afiliados na Al-Qaeda e no grupo Estado Islâmico, que deixaram mais de 2.000 mortos e 1,8 milhão de deslocados.
O novo homem forte do país, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, que derrubou o Presidente eleito do país, Roch Marc Christian Kaboré, em 24 de Janeiro, acusado de ser ineficaz perante a violência do terrorismo, garante fazer da questão da segurança a sua "prioridade".