Banco Mundial afirma que guerra na Ucrânia aumenta riscos no norte de África

     África              
  • Luanda • Quinta, 14 Abril de 2022 | 17h40
Bandeira do Banco Mundial
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Divulgação

Dubai - A pressão inflacionária, agravada pela guerra na Ucrânia, aumenta o risco de distúrbios sociais e humanitários nos países menos desenvolvidos do Médio Oriente e Norte de África (região MENA), alerta um relatório do Banco Mundial publicado nesta quinta-feira (14).

"A alta de preços dos produtos alimentares poderá ter efeitos consideráveis, para além do aumento da insegurança alimentar", aponta esta instituição nas suas últimas previsões económicas, para quem "historicamente, na região do MENA, os aumentos do preço do pão desencadearam mais conflitos sociais".

A Rússia e a Ucrânia são dois grandes produtores e exportadores mundiais de cereais e fertilizantes (necessários para a agricultura). Além disso, a Rússia é um actor-chave no mercado de energia.

Na região MENA, que é altamente dependente do fornecimento de trigo desses dois países, a guerra "certamente agravará a pressão inflacionária causada pela pandemia de covid-19", indica o relatório.

Segundo o Banco Mundial, a taxa de inflação nos países ricos do Golfo (produtores de petróleo) pode passar de 1,2% em 2021 para 3% este ano. Nos países importadores, a inflação seria de 3,7%, abaixo dos 1,4% de 2021.

A subida dos preços do petróleo pode, no entanto, beneficiar os países produtores de petróleo, elevando o crescimento regional para 5,2% em 2022, o nível mais alto desde 2016.

"A região como um todo mantém-se pelo petróleo" e comporta-se "muito melhor" do que outras, disse à AFP Daniel Lederman, economista encarregado da região do MENA. No entanto, o crescimento é "insuficiente e desigual".

"Insuficiente, porque muitos países da região estão mais pobres, em termos de PIB por habitante, do que eram em 2019, antes da pandemia", acrescenta o economista, para quem haverá um crescimento "desigual, porque os países que vão se recuperar mais rápido, em 2022, são os exportadoes de petróleo, mas os importadores vão sofrer".



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