Alemanha adverte para consequências de acordo do Mali com empresa russa

     África           
  • Luanda     Quarta, 15 Setembro De 2021    16h18  

Berlim - Um possível acordo entre a junta no poder em Bamako e a empresa privada russa Wagner "poria em causa" o mandato do Exército alemão no Mali, advertiu hoje o ministro da Defesa alemão.

"Se o Governo do Mali faz tais acordos com a Rússia, contradiz tudo o que a Alemanha, França, União Europeia e a ONU têm feito no Mali nos últimos oito anos", advertiu Annegret Kramp-Karrenbauer, na plataforma social Twitter.

O Exército alemão está presente no Mali com cerca de 1.500 soldados, destacados como parte da missão de treino da União Europeia ou da Minusma, missão liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

As autoridades francesas já tinham manifestado preocupação na terça-feira sobre as conversações entre Bamako e a empresa privada russa, advertindo que um destacamento destes paramilitares no Mali poderia levar à retirada das tropas francesas, que lutam há oito anos contra grupos 'jihadistas' no Mali.

"O ministro dos Negócios Estrangeiros francês [Jean-Yves Le Drian] referiu-se a uma possível cooperação entre o Mali e mercenários privados (...) e também achamos a possibilidade de tal cooperação extremamente preocupante, não há dúvida quanto a isso", disse hoje uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão.

A junta no poder em Bamako está a estudar a possibilidade, segundo uma fonte francesa próxima do assunto, de celebrar um contrato com a empresa Wagner para o destacamento de mil paramilitares russos no Mali, em troca de dinheiro, para treinar as suas forças armadas e assegurar a proteção dos seus líderes.

De acordo com fontes de segurança da África Ocidental, estão a ser discutidas as contrapartidas.

O grupo Wagner, ao qual o Governo russo nega qualquer ligação, fornece serviços de manutenção e treino de equipamento militar, mas é também acusado de mercenarismo e suspeito de pertencer a um homem de negócios próximo do Kremlin, Evgeny Prigozhin.

Os seus homens já estão a operar na República Centro-Africana (RCA) e na Líbia. Os meios de comunicação social ocidentais noticiaram a sua presença no Sudão e informações dão também conta de intervenções em Moçambique.





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