Nova Iorque - Pelo menos 10 mil milhões de dólares (um dólar equivale a 940,10 kzs) por ano é a estimativa que o continente africano prevê investir no mercado de infra-estrutura industrial verde como um activo distinto, assegurou, na quinta-feira, em Nova Iorque, a Comissária da União Africana (UA), Josefa Correia Sacko.
A diplomata, que falava numa Cimeira destinada ao quadro de sinalização do mercado de investimento sobre a industrialização verde à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, considerou ser um passo significativo para garantir que o continente desempenhe um papel central na economia industrial verde global.
“A vossa presença aqui hoje é um reconhecimento do imenso potencial que estas parcerias têm para transformar a economia de África e, mais importante ainda, para impulsionar a economia verde global ”, destacou.
A Comissária para o desenvolvimento rural, economia azul e ambiente sustentável da UA , frisou que há uma oportunidade ímpar de estabelecer a infra-estrutura industrial verde de África como uma classe de activos globalmente competitiva e investível.
No seu entender, para a concretização deste objectivo é preciso que se crie uma plataforma inestimável para envolver e apoiar os Chefes de Estado e de Governo africanos, à medida que lideram a acção climática em todo o continente, incluindo investidores, organizações filantropos através de parcerias institucionais.
Josefa Sacko sublinhou que a trajectória de crescimento de África e a das suas carteiras de investimentos podem ser reforçados através de infra-estruturas industriais ecológicas em África, contribuíndo para os objectivos climáticos globais, como também para retornos a longo prazo ajustados ao risco e ao clima.
Disse que o continente oferece oportunidades únicas para investimentos escaláveis e de elevado impacto, investimentos em energia limpa, agricultura sustentável e infra-estruturas resistentes ao clima.
“Juntos podemos garantir que África não seja apenas um participante, mas um líder nesta nova revolução industrial e um centro global para o fabrico de tecnologias ecológicas essenciais ”, reforçou a sua posição.
Na sua óptica, o alinhamento das necessidades de desenvolvimento de África com as estratégias de crescimento dos investidores institucionais constitui um modelo poderoso para enfrentar a crise climática e, ao mesmo tempo, impulsionar o desenvolvimento económico.
“Ao concentrarmo-nos na expansão dos investimentos em infra-estruturas ecológicas, criamos oportunidades de crescimento mútuo com impacto em milhões de vidas, criando empregos e gerando retornos substanciais sobre o investimento”, defendeu a Comissária da UA.
Para concluir, notou ser necessário o envolvimento contínuo e estreito com a União Africana, especificamente para co-criar programas ambiciosos de nível determinado dos contributos e investimentos, em consonância com o trabalho do Comité de Chefes de Estado e de Governo Africanos para as Alterações Climáticas (CAHOSCC). AM/CS