Pretória - O parlamento da África do Sul rejeitou quarta-feira uma moção de não-confiança da oposição sul-africana que apelava à destituição do Governo do Presidente Cyril Ramaphosa.
A moção, apresentada pelo Aliança Democrática (DA), recebeu 231 votos contra, 131 votos a favor, e uma abstenção, segundo o vice-presidente da Assembleia Nacional Lechesa Tsenoli.
O Congresso Nacional Africano (ANC), o partido no poder na África do Sul desde 1994, detém a maioria parlamentar com 230 deputados na Assembleia Nacional.
O voto de não-confiança do DA, principal partido na oposição com 84 mandatos, contou com o apoio dos Combatentes da Liberdade Económica (EFF), de extrema esquerda, e terceiro maior partido na oposição com 44 deputados eleitos, e ainda com votos do Freedom Front Plus e do UDM.
"O NEC [direcção do partido] expressou a sua confiança no presidente Cyril Ramaphosa e no Executivo nomeado e liderado por ele", salientou o ANC.
Na apresentação da moção, o Aliança Democrática apelou à "remoção completa de todo o executivo", salientando que o governo do ANC "deveria ser destituído e substituído por pessoas que possam fazer o trabalho".
O líder do DA, John Steenhuisen, referiu que o executivo do Presidente Ramaphosa "não conseguiu fazer da África do Sul um destino viável para negócios".
Anteriormente, o voto de não-confiança no Presidente Ramaphosa apresentando pelo Movimento Africano de Transformação (ATM, na sigla em inglês), foi adiado devido a uma decisão judicial pendente sobre a votação.
O ATM, pequeno partido na oposição com dois mandatos na Assembleia Nacional sul-africana, solicitou a votação por voto secreto da moção apresentada pela primeira vez no parlamento no início de 2020.
A presidente da Assembleia Nacional, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, do Congresso Nacional Africano (ANC), remeteu para um comité parlamentar a deliberação na quinta-feira sobre "os detalhes do que faremos a seguir" sobre o voto de não-confiança do ATM no chefe de Estado sul-africano.