Cidade do Cabo (Da correspondente) - A África do Sul adoptou o lema Solidariedade, Igualdade, Sustentabilidade para a sua Presidência Rotativa do G20.
Segundo o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa , que assumiu a presidêencia rotativa do G20, través da solidariedade é possível ser criado um futuro Inclusivo que promova os interesses das pessoas que correm maior risco de serem deixadas para trás.
Cyril Ramaphosa afirmou que este passo é relevante num mundo interligado, onde os problemas de uma nação podem atingir todas as demais, porque as disparidades na riqueza e no desenvolvimento dentro e entre países, são injustas e insustentáveis.
Ao promover a igualdade, adiantou, "esforçamo-nos por garantir um tratamento justo e a paridade de oportunidades para todos os indivíduos e nações"
O objectivo principal, é quebrar as divisões de estatuto económico, género, raça, geografia ou qualquer outra característica, sustentou.
O Chefe de Estado ressaltou que "a sustentabilidade envolve satisfazer os constrangimentos do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de resolver as suas próprias necessidades".
Mantendo o tema desta presidência, faremos os possíveis d e "avançar no esforço internacional para atingir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentáveis até 2030".
Referiu que este momento serve para firmar as prioridades de desenvolvimento do Continente Africano e do Sul Global, para a Agenda do G20.
Neste sentido, sublinhou, a Áfricado Sul vai basear-se no trabalho das recentes Presidências do G20, a do Brasil em 2024, da Índia (2023 ) e da Indonésia (2022).
“Utilizaremos a nossa Liderança para garantir progressos urgentes em objectivos partilhados através de uma série de acções prioritárias”, realçou.
O Estadista avança que a taxa crescente de catástrofes naturais induzidas pelo clima está a afectar os países de todo o mundo, com impacto devastador nas nações que não conseguem suportar os custos de recuperação e reconstrução.
“Elevaremos esta questão ao nivel dos lideres, apelando à comunidade global, incluindo as instituições financeiras internacionais, os bancos de desenvolvimento e o sector privado, para que intensifiquem a reconstrução pós-catastrofe”, sublinhou.
Seguidamente, prosseguiu, devemos tomar medidas para manter a sustentabilidade da divida dos países de baixo rendimento.
Um obstáculo fundamental ao crescimento inclusivo nas economias em desenvolvimento, incluindo muitas em África, é um nível de dívida insustentável que limita a sua capacidade de investir em infra-estruturas, cuidados de saúde, educação e outras metas de desen volvimento.
Com base nas iniciativas do G20 empreendidas nos últimos anos, referiu que o seu país vai procurar promover soluções sustentáveis para fazer face aos elevados défices estruturais e aos desafios de liquidez e alargar o alívio da divida às economias em desenvolvimento.
Segundo o Chefe de Estado, é preciso mobilizar financiamentos para uma transição energética justa. Teremos que garantir um acordo sobre o aumento da qualidade e quantidade dos fluxos de financiamento climático para os países em desenvolvimento.
Isto incluirá o reforço dos bancos multilaterias de desenvolvimento, o auxilio e a racionalização do apoio às plataformas nacionais, como a Parceria para uma Transição Energética Justa e maior eficácia do capital privado.
Acrescentou que os países devem trabalhar em conjunto para aproveitar os minerais essenciais para o crescimento e desenvolvimento inclusivos.
A medida que a extracção de minerais acelera para responder as necessidades da transição energética, é crucial assegurar que os países e as comunidades locais dotados destes recursos, sejam os que mais beneficiam, frisou.
O Presidente da África do Sul disse ainda que utilizará este mandato do G20 para defender o uso de minerais criticos, como motor do crescimento e desenvolvimento em África.RB/CS