Joanesburgo - O Governo sul-africano acusou hoje o reino vizinho do Lesotho de "sabotar" a economia mais desenvolvida do continente, após a morte de 31 mineiros ilegais 'basotho' numa mina encerrada em Welkom, centro do país, segundo a televisão Newzroom Afrika.
"Este incidente, mais do que qualquer outro incidente, confirmou a nossa opinião de que essa coisa de mineiros ilegais é na verdade sabotagem económica, é guerra contra a nossa economia e, portanto, aqueles que morreram são quase como soldados a morrer em combate", afirmou o ministro Gwede Mantashe ao canal de televisão local Newzroom Afrika.
Segundo ele, "o Lesotho deve confrontar a questão da mineração ilegal e fazer parceria connosco no sector da mineração, se quiser", defendeu o ministro dos Recursos Minerais e Energia sul-africano.
Acrescentando que "é inadmissível que o Governo do Lesotho tenha relações estranhas com mineiros ilegais que são muito activos na África do Sul".
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia (DMRE) da África do Sul disse em comunicado, divulgado quinta-feira, que "pelo menos 31 supostos mineiros ilegais, que se acredita serem cidadãos 'basotho', perderam a vida num poço de ventilação na mina da Virgínia, em Welkom, na província do Estado Livre", a cerca de 300 quilómetros do vizinho reino montanhoso.
Na nota, o ministério avançou que o Governo do Lesotho foi alertado para o incidente em 18 de Maio, acrescentando que a mina foi encerrada nos anos 1990.
"Em colaboração com os proprietários anteriores da mina, Harmony, os inspectores do DMRE avaliaram a situação e determinaram que os níveis de metano no poço de ventilação 5 da mina são muito elevados. Como tal, actualmente é muito arriscado enviar uma equipa de busca para o poço. No entanto, estamos a considerar várias opções para lidar rapidamente com a situação", salientou. GAR