Washington - O director da Alfândega e Protecção de Fronteiras (CBP) norte-americana, Chris Magnus, pediu a demissão, numa altura em que os Estados Unidos enfrentam uma vaga sem precedentes de imigrantes indocumentados na fronteira com o México.
Magnus apresentou a renúncia ao Presidente Joe Biden no sábado, dizendo que foi "um privilégio e uma honra" fazer parte do governo. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que Biden aceitou a renúncia.
O presidente Biden aprecia os quase 40 anos de serviço do comissário Magnus e as contribuições que ele fez para a reforma da polícia durante o seu mandato, "como chefe de polícia em três cidades dos EUA", disse Jean-Pierre.
Na sexta-feira, duas pessoas com conhecimento do assunto disseram à agência Associated Press (AP) que, menos de um ano após ter sido nomeado, Chris Magnus tinha recebido um ultimato: pedir a demissão ou ser afastado do cargo.
Segundo a AP, a saída de Magnus faz parte de uma mudança maior esperada na área da segurança interna, que luta para lidar com vagas de imigrantes vindos de países como a Venezuela, Cuba e Nicarágua.
Em 24 de outubro, Magnus tinha dito que "os regimes fracassados da Venezuela, Cuba e Nicarágua continuam a impulsionar uma nova onda de imigração em todo o hemisfério".
As autoridades dos Estados Unidos realizaram um novo máximo de detenções de imigrantes indocumentados durante o ano fiscal de 2022, com um total de 2.766.582.
Este número recorde inclui um aumento substancial das detenções de venezuelanos, que passaram de 5.279 em maio para 17.811 em julho e 33.961 em setembro, mês que encerra o período fiscal.