Adís Abeba – Los nuevos miembros de la Comisión de la Unión Africana elegidos durante la 38ª Cumbre de Jefes de Estado y de Gobierno de la UA asumirán sus cargos el jueves, en una ceremonia que será encabezada por el presidente de la organización continental, João Lourenço.
Para o efeito, o Chefe de Estado angolano é esperado quarta-feira em Addis Abeba, capital da Etiópia.
No acto, a decorrer no hall Nelson Mandela, na sede da UA, em Addis Abeba, vai ocorrer a passagem das pastas entre o presidente cessante da Comissão da UA, o tchadiano Moussa Faki Mahamat, e Ali Youssouf, do Djibuti, que será coadjuvado pela argelina Cilma Malik Adad.
Seguir-se-á a assumpção das pastas pelos comissários para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, Infra-estruturas e Energia, Assuntos Políticos, Paz e Segurança e Saúde, Assuntos Humanitários e Desenvolvimento Social, respectivamente, Moses Vilakati (Eswatini), Lerato D. Mataboge (África do Sul), Bankole Adeoye (Nigéria) e Amma A.Twum- Amoah (Ghana).
Por falta de requisitos dos candidatos, durante a cimeira do mês passado não foram eleitos os comissários para o Desenvolvimento Económico, Comércio, Turismo, Indústria e Minerais e para a Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação.
As candidaturas para este dois cargos deve-se restringir a indivíduos do sexo masculino e feminino da região central do continente, em conformidade com as disposições do estatuto da comissão e do regulamento interno da conferência.
O Presidente da República, João Lourenço, assumiu a liderançada da União Africana durante a 38.ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da organização, realizada na capital etíope, em Fevereiro deste ano.
Trata-se da primeira vez, em quase 50 anos de independência, que Angola dirige os destinos da organização continental, que tem como foco o cumprimento das asgenda 2030 das Nações Unidas sobre os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável e 2063 da União Africana.
A Agenda 2063 é o modelo e o plano director de África para transformar o continente numa potência global do futuro, sendo o quadro estratégico do continente que visa cumprir o seu objectivo de desenvolvimento inclusivo e sustentável.
É uma manifestação concreta do impulso pan-africano para a unidade, autodeterminação, liberdade, progresso e prosperidade colectiva, prosseguido sob o Pan-africanismo e o Renascimento Africano, que visa dar prioridade ao desenvolvimento social e económico inclusivo, a integração continental e regional, a governação democrática e a paz e segurança.
Agenda 2063 é a manifestação concreta de como o continente pretende alcançar a Visão Pan-Africana de uma África integrada, próspera e pacífica, impulsionada pelos seus próprios cidadãos, representando uma força dinâmica na arena internacional num período de 50 anos, de 2013 a 2063.
No seu discurso de aceitação da presidência, João Lourenço disse que pretende lançar um vasto plano de atracção de investimentos e de captação de recursos financeiros significativos junto dos grandes parceiros internacionais, para a concretização dos projectos ligados à construção de infra-estruturas no continente.
Acrescentou que Angola vai olhar com atenção para os principais problemas de África e colocar ao serviço da organização a sua experiência na busca de soluções para as questões relativas à paz e à segurança e cuidar da implementação, pelos Estados-membros, das políticas económicas e sociais que promovam o progresso e o desenvolvimento do continente.
A operacionalização de um modo prático da questão relativa à justiça para os africanos e os afro-descendentes por meio de reparações, que constitui o lema escolhido para este ano e, também, o que Angola elegeu para a sua presidência, está centrado na importância do investimento em infra-estruturas como factor de desenvolvimento de África, sublinhou na ocasião.
Em declarações à imprensa, João Lourenço, admitiu que vai ser um mandato com muitos desafios, sobretudo na área da paz e segurança, pois o continente está a atravessar um momento difícil nesta matéria.SR/ART