Cuango – El Gobierno angoleño comenzó este miércoles a materializar el proyecto de electrificación rural, que beneficiará más de un millón de personas en 60 comunas de las provincias de Bie, Lunda Norte, Lunda SuL, Malanje y Moxico.
Para tal, o ministro da Energia e Águas, João Borges, testemunhou, na vila mineira de Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda Norte, a consignação do primeiro dos 46 parques solares a serem instalados nas 60 comunas.
Com uma capacidade voltaica de 265 megawatts (MW) de potência fotovoltaica e 595 MW de armazenamento em baterias, o valor económico aportado pelo projecto, considerando a poupança face a soluções alternativas e o ganho no rendimento da população, situa-se entre 3.1 e 5.9 mil milhões de euros.
A primeira fase do projecto vai abranger as províncias de Malanje, Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico.
A segunda fase, com início previsto para o primeiro semestre de 2024, prevê abranger a província do Bié.
O projecto prevê 202 mil e 657 ligações domiciliares, 12 sistemas conectados à rede (electrificação mais três subestações).
A electrificação será de alta, média e baixa tensão, com 46 sistemas isolados, 12 conectados à rede e três subestações de dois conectados à rede.
Na província da Lunda Norte, o projecto vai beneficiar 74 mil e 368 famílias em 15 comunas.
Na vila de Cafunfo, onde foi feito o lançamento oficial do projecto, serão feitas 29.150 ligações domiciliares com sistema pré pago.
Será construído um parque fotovoltaico com 72 mil painéis , que terão a capacidade de produzir 41.4 megawatts, mais 111,45 MW armazenados em baterias, para produção nocturna.
Orçado em mil milhões, 27 mil Mil 914 Euros , o parque fotovoltaico do Cafunfo será construído em três anos.
O projecto, conta com parceiros estratégicos, cujo financiamento e/ou apoio financeiro de 1,2 mil milhões de Euros feito pela empresa alemã Euler Hermes.
A MCA, uma empresa portuguesa, é a construtora das 46 mini-redes solares e os britânicos Satanderd Chartered responsáveis pela montagem e operação do projecto energético.
O projecto faz parte da estratégia do Plano Angola 2025, definida pelo Governo, que visa levar a energia eléctrica limpa a áreas urbanas e rurais, através da expansão da rede eléctrica nacional e da construção de parques fotovoltaicos, transformando Angola num país próspero, moderno e com uma inserção crescente na economia mundial e regional.
O Estado angolano pretende dar um contributo ambiental positivo através da redução de emissões de gases de efeito estufa, que situa-se entre 4.2 e 8.0 milhões de ton CO2.
Angola é, por excelência, um local com distintas condições para a utilização da energia solar, com uma radiação global em plano horizontal anual média compreendida entre 1 370 e 2 100 kWh/m2/ano.
A tecnologia mais adequada para aproveitar o recurso solar é a produção de electricidade através de sistemas fotovoltaicos, sendo esta a tecnologia de mais rápida instalação (prazos inferiores a 1 ano) e com menor custo de manutenção, e que gradualmente deixou de ser tão onerosa, conferindo um maior sentido para soluções de pequena/média dimensão e descentralizadas.HD