Luanda – Os restos mortais do sociólogo Laurindo Vieira foram sepultados hoje, terça-feira, no cemitério da Santa Ana, em Luanda, na presença de familiares, colegas e amigos.
O sociólogo foi vítima de disparos de arma de fogo, à saída de uma agência bancária, na zona do Patriota, município do Talatona (Luanda), na última quinta-feira.
Durante o funeral, membros da família destacaram a verticalidade e empenho de Laurindo Vieira na defesa da dignidade dos angolanos.
Enalteceram a coragem, espírito de entrega ao trabalho e acompanhamento da família durante a sua vida.
No momento, Carlos Yoba, contemporâneo do sociólogo, considerou Laurindo Vieira um professor dedicado, amigo e conselheiro comprometido com a sociedade.
“É uma perca para a comunidade académica, mas vamos continuar o seu legado para dignificar o trabalho educativo, formação de estudantes e superação de muitos professores”, reforçou.
Por sua vez, a secretaria nacional da Organização da Mulher Angolana (OMA), Joana Tomás, destacou a figura de Laurindo Vieira na partilha de conhecimento e no empoderamento da mulher, através da formação e capacitação.
Laurindo Vieira desempenhou as funções de director do Gabinete da Provedoria de Justiça (2006-2011), de membro do Conselho da Provedoria de Justiça e de consultor junto da Assembleia Nacional.
Exerceu igualmente as funções de chefe de Secção de Educação Política e Propaganda na Direcção Política Nacional das FAPLA, de instrutor para Agitação e Propaganda e de coordenador-adjunto da Célula do MPLA no Porto/Portugal.
Foi ainda comissário político das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), tendo frequentado o primeiro curso médio na Escola Político-militar "Comandante Gika".
Doutorado em Ciências da Educação pela Universidade do Porto, o académico Laurindo Vieira serviu ainda a Universidade de Luanda, foi director do Instituto Superior de Serviço Social, formador do CEFOP e Psicólogo dos Palancas Negras.
Publicou a obra "Angola, a dimensão Ideológica da Educação 1975-1992". MGM/OHA