Luanda - O nacionalista e poeta angolano Adelino Augusto Torres Guimarães faleceu, na última terça-feira (5), em Lisboa, aos 84 anos de idade, vítima de doença.
Adelino Torres escreveu os livros "Sociologia e teorias sociológicas (1983)", "O império português entre o real e o imaginário (1991)", "Horizontes do desenvolvimento africano (2001)", "Vozes do Sul no mundo global", entre outros.
A informação foi prestada esta quinta-feira à ANGOP, pela Academia Angolana de Letras, em uma nota de imprensa assinada pelo seu presidente, Paulo de Carvalho, onde apresenta os seus mais profundos sentimentos de solidariedade e pesar à família e amigos do nacionalista.
Adelino Torres lançou ainda as obras literárias “África, Médio Oriente e outros lugares (2018)”, “Uma festa no tempo (2008)”, “Histórias do tempo volátil (2009)”, “Cantos do crepúsculo (2010)”, “Tempo irreversível (2011)”, “Memórias do futuro e do tempo (2012)”, “A caminho do Sul (2016)”, “Poesia reunida (2014)” e “Vida breve (2016)”.
O nacionalista estudou em Luanda, no Liceu Salvador Correia, fez a licenciatura e o mestrado na Universidade de Paris-Sorbonne, tendo concluído o Doutoramento em Economia na Universidade Técnica de Lisboa.
Foi professor catedrático no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, professor visitante da Universidade de Rennes e membro da Academia Internacional da Cultura Portuguesa.
Enquanto nacionalista, em Janeiro de 1963, deslocou-se para Argel, onde passou a exercer actividade política ao lado de nacionalistas como Artur Pestana (Pepetela), Adolfo Maria, Sócrates Dáskalos e Maria do Céu Reis.
Prosseguiu os estudos em Paris, após deixar Argel, sempre defendendo o direito à independência de Angola. SJ/OHA