Luanda – A assinatura de acordos entre Angola e instituições financeiras norte-americanas, com vista à captação de 1.3 mil milhões de dólares para financiar infra-estruturas no país, constitui um dos destaques do noticiário económica da ANGOP, na semana finda.
Os respectivos acordos foram rubricados no quadro da 16ª Cimeira Empresarial EUA-África, na qual Angola esteve representada pelo Presidente da República, João Lourenço.
Integraram igualmente a delegação outros membros, entre os quais o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, que, a propósito, considerou relevante os resultados obtidos nesse segmento com as instituições financeiras, sobretudo com o Banco de Exportações e Importações dos Estados Unidos da América (Eximbank).
De acordo com o governante, os financiamentos resultantes dos acordos assinados vão ajudar a fazer o caminho de melhoria das infra-estruturas, promover o desenvolvimento económico e a integração social em Angola.
Outro facto que também marcou os últimos sete dias prende-se com a disponibilização de um financiamento, a partir de 15 milhões de dólares, do Banco Africano de Desenvolvimento (BDA), para projectos públicos e privados de diversos sectores no país.
Com o mesmo propósito, o Afreximbank dispõe de outros valores, a partir de cinco milhões de dólares, cujo processo de financiamento de projectos será feito através da plataforma Angola Investor Market.
A iniciativa enquadra-se na colaboração de trabalho entre a Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA) e a DABG-Angola Business Group, entidades promotoras da plataforma Angola Investor Market, com vista ao reforço do processo de diversificação da economia.
Marcaram igualmente o noticiário da agência, informações relativas à aquisição, por 17 bancos comerciais, de USD 200 milhões, disponibilizados pelo Banco Nacional de Angola (BNA), no âmbito da gestão da política monetária, e à recuperação da Recredit de cerca de 77 mil milhões de kwanzas do crédito malparado do Banco de Poupança e Crédito (BPC), em 2023, que representa 27% do valor investido (Kz 288 mil milhões).
No domínio da agricultura, o destaque para a participação de Angola na Cimeira Africana de Fertilizantes, ocorrida em Nairobi (Quénia), cujos participantes recomendaram aos governos do continente a triplicação da produção e distribuição interna de fertilizantes, com vista a acelerar o crescimento agrícola em África.
O evento, no qual esteve o ministro da Agricultura e Florestas de Angola, António de Assis, advogou, igualmente, a implementação de acções para reverter a degradação da terra e restaurar a saúde do solo em pelo menos 30 por cento, bem como garantir que 70% dos pequenos agricultores tenham acesso aos serviços de extensão e assessoria de qualidade sobre fertilizantes.
No domínio energético, realce para o anúncio sobre a disponibilização de 370 megawatt (MW) de energia para o sistema eléctrico nacional, através das centrais solares fotovoltaicas do Biópio, da Baía Farta (Benguela) e de Saurimo (Lunda-Sul).
O sector prevê a inauguração, em Junho de 2025, das centrais solares do Cuito (Bié) e Bailundo (Huambo), com capacidade de 14,652 MW e 7,992 MW, respectivamente.
No período em referência, constituiu também destaque a conquista, pela startup angolana “ANDA”, da 13ª edição do Congresso Anual de Investimento Global de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), que reuniu 50 unicórnios (startups que valem mais de um bilião), 175 países e mais de 12 mil participantes.
Trata-se de um concurso global de uma das principais plataformas de investimento mundial do sector das tecnologias.
Já o sector dos recursos minerais perspectivou, durante a semana finda, a extracção de 17,53 milhões de quilates de diamantes, até 2027, projecções que visam superarar os 8,72 milhões alcançados em 2023.OPF/VC
