João Lourenço defende rápido reconhecimento da Palestina

     Política           
  • Luanda     Sábado, 20 Abril De 2024    16h43  

Luanda – O presidente do MPLA, João Lourenço, reafirmou sexta-feira, em Luanda, o seu apoio ao reconhecimento da Palestina, o mais depressa possível, como única forma de pôr fim ao conflito no Médio Oriente.

Para João Lourenço, que falava na abertura de uma reunião do Comité Central do seu partido, quanto mais tempo se levar a criar e reconhecer o Estado da Palestina “maior será o sofrimento de ambos os lados, de ambos os povos”.

Considerou, por isso, que a solução de dois Estados soberanos (Israel e Palestina), a conviverem pacificamente lado a lado, é a única viável e aconselhada para a paz, no Médio Oriente.

O também chefe de Estado angolano disse recear que o escalar do conflito para toda a região possa acontecer, em qualquer momento, se nada for feito, pelo que aconselhou Israel e Irão para a máxima contenção.

Por outro lado, João Lourenço voltou a condenar a invasão e anexação de territórios da Ucrânia pela Rússia por constituir uma violação à Carta das Nações Unidas e ao Direito Internacional, em geral, pondo em causa a sã convivência entre as nações e “a paz conquistada com sacrifício pelas forças aliadas ao derrotar o nazismo, em 1945”.

Afirmou que o momento exige sabedoria e coragem da parte dos líderes mundiais, das organizações internacionais e das Nações Unidas, para pôr fim definitivo aos diferentes conflitos e contribuir realmente para a paz e segurança mundiais.

O mundo vive ameaças devido, por um lado, às rápidas e crescentes alterações climáticas, e, por outro, aos conflitos em curso em África, na Ásia, na Europa e no Médio Oriente, disse.

A ofensiva israelita contra Gaza, lançada como resposta a um ataque sem precedentes do movimento islamita palestino ao território israelita, em 07 de Outubro passado, já fez cerca de 34 mil mortos, destruiu a maioria das infra-estruturas civis, e provocou uma das maiores crises humanitárias do mundo.

Impasse no Conselho de Segurança

Desde o início da ofensiva militar israelita, em Gaza, em cresceu o movimento de países e activistas a favor da efectivação da solução de dois Estados e o reconhecimento da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas.

Os Estados Unidos são actualmente o principal obstáculo à realização desse objectivo, apoiado pela maioria esmagadora dos 193 Estados-membros das Nações Unidas, incluindo a China, a Rússia e a União Europeia.

Na quinta-feira, a Administração Biden vetou, no Conselho de Segurança, a resolução para a admissão da Palestina como Estado-membro pleno das Nações Unidas, organização da qual é actualmente apenas um Estado observador.

Dos 15 países que formam o Conselho de Segurança, os Estados Unidos foram os únicos que votaram contra, ao passo que 12 outros votaram a favor, incluindo a Rússia e a China, e os restantes dois (Reino Unido e Suíça) se abstiveram.

Washington alega que a ONU não é o lugar para o reconhecimento de um Estado palestino, defendendo que isso deve decorrer de um acordo entre Israel e os palestinos.

Também argumenta que a legislação norte-americana exigiria que se cortasse o seu financiamento à ONU no caso de adesão palestina fora de tal acordo bilateral.

O último veto à adesão de um Estado à ONU data de 1976, quando os mesmos norte-americanos bloquearam a entrada no Vietname. JFS/IZ





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