Huambo acolhe primeira Bienal do Livro Africano

     Cultura           
  • Huambo     Quarta, 03 Janeiro De 2024    17h18  
Exposição de Livros (Arquivo)
Exposição de Livros (Arquivo)
Kinda Kyungo

Huambo – A província do Huambo acolhe, de 4 a 16 de Abril, a primeira Bienal do Livro Africano, como um espaço cultural multifacetado, que visa reunir os escritores de 54 países do continente “berço da humanidade”.

A informação foi tornada pública, esta quarta-feira, pelo escritor angolano Nituecheni Africano, pseudónimo de Eugénio Afonso Gaspar, durante um encontro com a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, que serviu para a apresentar o prémio “Referência Literária”, conquistado a 5 de Dezembro de 2023, no Rio de Janeiro (Brasil).

O escritor disse que o evento, uma iniciativa da Universidade Federal do Brasil, que terá, entre os embaixadores, a actriz brasileira Taís Araújo, contará com apresentação de obras literárias de autores africanos, de artesanato e a exibição de artes cénicas.

À margem da Bienal, a decorrer sob o lema “Uma África em paz e sem guerra”, serão realizadas palestras e colóquios sobre a literatura africana, para além de servir de troca de experiência, entre os escritores africanos e fazedores de cultura do Brasil, indicados como embaixadores da actividade.

Quanto ao prémio “Referência Literária”, disse ter sido o único representante angolano reconhecido na segunda edição do evento, considerando o segundo maior galardão na história do mundo literário brasileiro, depois do “Prémio Jabuti”, numa iniciativa da editora brasileira Publiart.

Nituecheni Africano venceu com obra “O Emigrante da Web e suas Tolices”, com uma mensagem pura e que transmite valores morais para a sociedade mundial, pois tem contribuído muito para o resgate de bons hábitos o mundo.

Para além da medalha de ouro que recebeu e a designação de embaixador da Universidade Federal do Brasil, o escritor angolano, único representante africano na competição, recebeu um cheque equivalente a 54 milhões de Kwanzas.

Por sua vez, a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, disse ser um prazer receber um escritor angolano, que se consagrou vencedor do prémio internacional “Referência Literária” e, também, pelo facto de trazer para esta região a primeira Bienal do Livro Africano, pois o país precisa de jovens que, apesar de trabalhar no silêncio, apresentar resultados públicos que engrandecem a todos.

Deste modo, acrescentou, o Governo da província do Huambo manifesta total disponibilidade em apoiar e ajudar a preparar o evento, com a participação de escritores dos 54 países de África, o que reapresentará um grande momento para esta região do Planalto Central do país.

“Vamos trabalhar neste sentido e, desde já, o apoio institucional do Governo do Huambo está garantido, pois o bem não é só do escritor, mas, também, da província e quiçá do país, em geral”, concluiu.

Percurso do escritor

Recorda-se que Nituecheni Africano, de 33 anos de idade, venceu, em 2022, a categoria de Melhor Romance da IV edição do Grande Concurso Literário da América Latina, com a obra intitulada “O imigrante da Web e suas tolices”, que comporta 63 páginas e editada pela Associação dos Jovens Escritores de Angola.

O evento, a base de votação, contou com a participação de 192 escritores de vários países, em particular da América Latina, que concorreram em diversas categorias, sendo Nituecheni Africano, o único representante do continente “berço da humanidade”.

No princípio de 2023, foi designado embaixador da literatura em cinco países africanos, pela revista brasileira Word-Book Revier.

Trata-se do Lesoto, Madagáscar, Malawi, Serra Leoa e Uganda, através de um financiamento solidário, iniciado a 3 de Abril do corrente ano.

O escritor esteve, recentemente, na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, Portugal, onde procedeu ao lançamento da obra “O Recluso”, um género romance policial, que aborda, entre outras temáticas, o branqueamento de capitais e abuso de poder.

Possui, até ao momento, quatro obras literárias, nomeadamente “O Prisioneiro do Amor”, com 255, “O Vendedor de Pães As Mos”, com 145 páginas, e “O Imigrante da Web e Suas Tolices”, com 63 e “Reclusos”, com 153 páginas.

Nascido na província do Huambo, a 12 de Setembro de 1990, o escritor Eugénio Afonso Gaspar é licenciado em Informática e Administração de Empresas, pela Universidade Técnica de Angola (UTANGA). ALH

 





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