Washington - Os Estados Unidos vão retirar já este fim-de-semana perto de uma centena de soldados deslocados no Tchad, ao mesmo tempo que estão a preparar a retirada de um milhar de soldados do Níger, anunciou o Pentágono.
O porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, general Patrick Ryder, admitiu, em conferência de imprensa, que o comando norte-americano de África (OUSAFRICOM) está a planear o reposicionamento de algumas forças militares norte-americanas do Tchad, uma parte das quais já estava programada para partir".
"Trata-se de uma medida temporária, que faz parte de uma revisão em curso da nossa cooperação em matéria de segurança, que será retomada após as eleições presidenciais de 06 de Maio no Tchad", acrescentou.
Em relação ao Níger, Ryder confirmou o "início" das conversações, igualmente este dia 25, em Niamey, entre a embaixadora dos Estados Unidos no país, Kathleen FitzGibbon, e o major-general Kenneth Ekman, director de Estratégia do USAFRICOM, e a junta militar no poder "sobre uma retirada ordenada e segura das forças dos Estados Unidos do Níger".
Os Estados Unidos investiram 110 milhões de dólares numa base de drones no Níger, fundamental para o AFRICOM na monitorização de organizações extremistas violentas, mas o porta-voz do Pentágono não revelou se Washington já tem um local alternativo para deslocar os cerca de 1.000 militares que lá tem estacionados, quando interrogado expressamente sobre a questão pelos jornalistas.
A decisão do Pentágono dá resposta a uma carta enviada em 08 de Abril, pelo chefe de Estado-Maior da Força Aérea chadiana, general Idriss Amine Ahmed, ao adido militar na embaixada dos Estados Unidos em N'Djamena, pedindo-lhe que suspendesse "imediatamente as actividades militares" na base área de Adji Kossei (BAK), onde os soldados norte-americanos treinam as forças especiais tchadianas na luta contra o grupo extremista islâmico Boko Haram. JM